MT extrai média de 78% do diamante do país e meta é elevar mineração

25/03/2017 – RD News (leia na integra)

Mato Grosso tem extraído, em média, 78,8% do diamante brasileiro nos últimos anos. O último levantamento do setor aponta que o Estado produziu 49,6 mil quilates e, apesar disso, o desejo da mineração de Mato Grosso é aumentar esses números, uma vez que 500 mil quilates já foram retirados da região.

O setor de mineração em Mato Grosso é coordenado pela Companhia Mato-Grossense de Mineração do Estado de Mato Grosso (Metamat), uma empresa estatal que tem, porém, acionistas do mercado privado. Marcos Vinícius Paes de Barros é o atual diretor-presidente interino da instituição e mostrou um panorama do mercado de diamantes em Mato Grosso em entrevista ao RD News . Contudo, a última verificação ocorreu em 2014, ainda gestão do ex-governador Silval Barbosa.

Marcos explica que o diamante é um bem de alto valor agregado que geralmente é vendido para clientes selecionados, por causa do seu uso um pouco mais limitado quando comparado a outros minérios.

“Geralmente não se compra diamante para deixar como reserva de valor, como é o caso do ouro que sempre tem mercado. O ouro tem várias utilidades, até na computação ele é utilizado. Já o diamante tem um uso mais restrito. Ou você usa na área de joalheria ou na área de equipamento de perfuração, como nas brocas diamantadas de alta perfuração”, comenta.

Além disso, o minério serve também no mercado de luxo como uma peça de troca e representa, ainda, um ítem de poder. “A coroa da Inglaterra tem um diamante, por exemplo. Aquilo é uma posse de poder, não é necessariamente pelo valor, já que você não vai comprar aquilo para comercializar. Aquilo está lá guardado e é um bem imensurável”, diz.

Entre suas características, o minério apresenta a capacidade de riscar qualquer outro material. “A gente tem um conceito errado do diamante. Muita gente acha que ele é tão duro que se você bater o martelo, o minério não quebra. Não é. Se você marretar, provavelmente ele vai quebrar, então ele não aguenta impacto”, pontua.