Consumo de calcário em SP aponta espaço para maior produtividade

Escrito por Adalberto Mansur Publicado: 07 Dezembro 2017 (leia na íntegra)

O consumo de calcário agrícola no estado de São Paulo deve repetir, em 2017, o total utilizado no ano passado. Os números devem ser fechados em breve pelo Sindicato das Indústrias de Calcário e Derivados para Uso Agrícola do Estado de São Paulo (Sindical).

A repetição do resultado aponta que há espaço para a agricultura paulista ampliar a produção sem ter que buscar novas áreas para plantio. Isso porque a aplicação do calcário, no processo denominado calagem, ampliaria a produtividade do agronegócio paulista, além da rentabilidade dos empresários.

O alerta é do presidente do Sindical, João Bellato Júnior. O sindicato realizou no último dia 1º sua assembleia anual, com a presença dos associados. O encontro ocorreu em Rio Claro, onde fica a sede do sindicato.

As estatísticas paulistas serão concluídas na primeira semana de janeiro. Caso ocorra uma alta no consumo, deve ficar em torno de 2%, segundo Bellato.

Ele considera que o trabalho de divulgação dos benefícios da correção de solo ao agricultor seja uma das principais ações desse ano. O sindicato ainda liderou, em nível nacional, a realização de uma nova cartilha de análise de corretivos, o que atualizou a prática.

O estado de São Paulo sediou o encontro nacional dos produtores de calcário, chamado Enacal, em outubro. Bellato considera que o evento, realizado em Indaiatuba, trouxe avanços para produtores do setor, vindos de 10 estados, além do aprimoramento nas técnicas no campo.

CFEM

Junto da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), o Sindical também atuou para a redução da Compensação Financeira sobre a Exploração de Recursos Minerais (CFEM). A proposta que tramita no Congresso Nacional reduz a alíquota de 2% para 0,2%.

Durante a assembleia, o diretor Executivo e Jurídico do Sindical, Euclides Francisco Jutkoski, reafirmou a importância dessa redução. “O calcário apresenta baixo valor agregado, quando comparado a outros minerais”, destacou.

Euclides ainda lembrou da importância de outra ação dos produtores que resultou na manutenção, pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), da isenção de ICMS sobre insumos agropecuários.

O conselho estendeu a medida até abril de 2019, evitando aumentar não só os preços dos insumos, mas também dos produtos agrícolas – chegando ao consumidor.